domingo, 20 de outubro de 2024

21 de Outubro Dia Nacional de Combate à Sífilis e à Sífilis Congênita

 

As infecções sexualmente transmissíveis (IST) representam um importante agravo de saúde pública global, sendo, dentre as doenças infecciosas, uma das modalidades mais comuns. Apesar de haver uma noção errônea de que sejam doenças benignas e de simples tratamento, há vários casos graves. A saúde geral, reprodutiva e infantil pode ser afetada por situações como infertilidade, complicações na gestação e parto, morte fetal e agravos na saúde das crianças. Casos de sífilis com importantes lesões neurológicas, oculares, otológicas e cardiovasculares têm sido vistos com mais frequência. Mortalidade, sequelas e perda da qualidade de vida podem decorrer dessas situações. Além disso, um dos impactos indiretos da infecção por uma IST é o aumento do risco de transmissão sexual do vírus da imunodeficiência humana (HIV).

No Brasil, de acordo com dados do Departamento de HIV/Aids, Tuberculose, Hepatites Virais e Infecções Sexualmente Transmissíveis do Ministério da Saúde, entre os anos de 2011 e 2022 (números preliminares até 30/6/2022), foram detectados 1.115.529 casos de sífilis. A sífilis congênita foi detectada em 293.339 bebês com até 1 ano de idade, entre os anos de 1998 a 2022 (números preliminares até 30/6/2022).

O número de casos de sífilis é preocupante, o que demonstra a necessidade de reforço às ações de vigilância, prevenção e controle dessa infecção. Como a maioria dos casos são oligossintomáticos ou assintomáticos, é muito importante uma busca ativa do diagnóstico, conforme a vulnerabilidade da pessoa atendida.

Todos os casos diagnosticados devem ser notificados, para prover informações às autoridades de saúde, que, com uma correta análise da situação, poderá guiar a implementação de políticas públicas. A pessoa doente deve ser acolhida e orientada. O início do tratamento deve ser, preferencialmente, imediato, visando reduzir a transmissão da doença. Nesse momento, todas as outras IST devem ser rastreadas através da história clínica, exame físico e exames complementares. Devemos cuidar para que as parcerias sexuais das pessoas atendidas procurem o diagnóstico e o tratamento, sem violar o sigilo médico e a privacidade desses indivíduos. Essas são oportunidades de cuidados que não podem ser perdidas, para o bem da pessoa e da coletividade. Por fim, nunca será demais lembrar sobre a educação em saúde, desde o ensino fundamental, que pode empoderar as pessoas a promoverem seu autocuidado.

Sífilis, ou Lues, é uma infecção causada pela bactéria Treponema pallidum. É curável e exclusiva do ser humano, tendo como principal via de transmissão, o contato sexual, seguido pela transmissão para o feto durante o período de gestação de uma mãe com sífilis não tratada ou tratada inadequadamente. Também pode ser transmitida por sangue contaminado.

Transmissão:

A sífilis é transmitida por meio das relações sexuais desprotegidas, sangue ou produtos sanguíneos (agulhas contaminadas ou transfusão com sangue não testado), da mãe para o filho em qualquer fase da gestação ou no momento do parto (sífilis congênita) e pela amamentação.

Sintomas:

Os sinais e sintomas da sífilis variam de acordo com o estágio da doença, que se divide em:

Sífilis latente: Não aparecem sinais ou sintomas. É dividida em sífilis latente recente (menos de dois anos de infecção) e sífilis latente tardia (mais de dois anos de infecção). A duração é variável, podendo ser interrompida pelo surgimento de sinais e sintomas da forma secundária ou terciária.

Sífilis primária: Ferida, geralmente única, no local de entrada da bactéria (pênis, vulva, vagina, colo uterino, ânus, boca, ou outros locais da pele), que aparece entre 10 a 90 dias após o contágio. Essa lesão é rica em bactérias, normalmente não dói, não coça, não arde e não tem pus, podendo estar acompanhada de ínguas (caroços dolorosos) na virilha.

Sífilis secundária: Os sinais e sintomas aparecem entre seis semanas e seis meses do aparecimento e cicatrização da ferida inicial:

– Manchas no corpo, que geralmente não coçam, incluindo palmas das mãos e plantas dos pés;

– Febre, mal-estar, dor de cabeça e ínguas pelo corpo.

Sífilis terciária: Pode surgir de dois a 40 anos depois do início da infecção. Os sinais são lesões cutâneas, ósseas, cardiovasculares e neurológicas. Uma pessoa pode ter sífilis e não saber, isso porque a doença pode aparecer e desaparecer, mas continuar latente no organismo. Por isso é importante se proteger, fazer o teste e, se a infecção for detectada, tratar da maneira correta. O não tratamento da sífilis pode levar a várias outras doenças e complicações, inclusive à morte.

Sífilis congênita: É a infecção transmitida da mãe para o bebê e pode ocorrer em qualquer fase da gravidez. O risco é maior para as mulheres com sífilis primária ou secundária. A sífilis materna, sem tratamento, pode causar má-formação do feto, aborto espontâneo e morte fetal. Na maioria das vezes, porém, o bebê nasce aparentemente saudável e os sintomas aparecem nos primeiros meses de vida: pneumonia, feridas no corpo, alterações nos ossos e no desenvolvimento mental, surdez e cegueira.

Tratamento:

O tratamento é feito com antibióticos e deve ser acompanhado com exames clínicos e laboratoriais para avaliar a evolução da doença e estendido aos parceiros sexuais. A sífilis é uma infecção curável, com tratamento relativamente simples, mas pegar uma vez não promove imunidade. Nas formas mais graves da doença, como na fase terciária, o não tratamento adequado pode levar à morte.

Prevenção:

O uso de preservativos (tanto femininos como masculinos) durante todas as relações sexuais (inclusive anais ou orais) é a maneira mais segura de prevenir a doença; o acompanhamento das gestantes e dos parceiros sexuais durante o pré-natal contribui para o controle da sífilis congênita.

 

O Dia Nacional de Combate à Sífilis e à Sífilis Congênita é uma campanha comemorada no terceiro sábado do mês de outubro, anualmente. Foi instituído por meio da Lei nº 13.430/2017 com os objetivos de estimular a participação dos profissionais e gestores de saúde nas atividades educativas da data, com vistas a enfatizar a importância do diagnóstico e do tratamento adequados da sífilis na gestante durante o pré-natal e da sífilis em ambos os sexos como infecção sexualmente transmissível.

 

Fontes:

Dr. Dráuzio Varella
Escola Paulista de Enfermagem/UNIFESP
Ministério da Saúde. Departamento de HIV/Aids, Tuberculose, Hepatites Virais e Infecções Sexualmente Transmissíveis
Ministério da Saúde. Sífilis: estratégias para o diagnóstico no Brasil
Ministério da Saúde. Sífilis na gravidez: trate com carinho

sábado, 19 de outubro de 2024

19 de outubro – Dia Mundial de Combate ao Câncer de Mama


O Câncer de mama




O câncer de mama é o tipo que mais acomete mulheres em todo o mundo, tanto em países em desenvolvimento quanto em países desenvolvidos. Cerca de 2,3 milhões de casos novos foram estimados para o ano de 2020 em todo o mundo, o que representa cerca de 24,5% de todos os tipos de neoplasias diagnosticadas nas mulheres. As taxas de incidência variam entre as diferentes regiões do planeta, com as maiores taxas nos países desenvolvidos.

Para o Brasil, foram estimados 73.610 casos novos de câncer de mama em 2023, com um risco estimado de 66,54 casos a cada 100 mil mulheres.

O câncer de mama também ocupa a primeira posição em mortalidade por câncer entre as mulheres no Brasil, com taxa de mortalidade ajustada por idade, pela população mundial, para 2021, de 11,71/100 mil (18.139 óbitos). As maiores taxas de incidência e de mortalidade estão nas regiões Sul e Sudeste do Brasil.Os principais sinais e sintomas suspeitos de câncer de mama são: caroço (nódulo), geralmente endurecido, fixo e indolor; pele da mama avermelhada ou parecida com casca de laranja, alterações no bico do peito (mamilo) e saída espontânea de líquido de um dos mamilos. Também podem aparecer pequenos nódulos no pescoço ou na região embaixo dos braços (axilas).

Fatores de risco


Não há uma causa única para o câncer de mama. Diversos fatores estão relacionados ao desenvolvimento da doença entre as mulheres, como: envelhecimento, determinantes relacionados à vida reprodutiva da mulher, histórico familiar de câncer de mama, consumo de álcool, excesso de peso, atividade física insuficente e exposição à radiação ionizante.

Os principais fatores são:


Comportamentais/AmbientaisObesidade e sobrepeso, após a menopausa
Atividade física insuficiente (menos de 150 minutos de atividade física moderada por semana)
Consumo de bebida alcoólica
Exposição frequente a radiações ionizantes (Raios-X, tomografia computadorizada, mamografia etc.)
História de tratamento prévio com radioterapia no tórax

Aspectos da vida reprodutiva/hormonaisPrimeira menstruação (menarca) antes de 12 anos

Não ter filhos
Primeira gravidez após os 30 anos
Parar de menstruar (menopausa) após os 55 anos
Uso de contraceptivos hormonais (estrogênio-progesterona)
Ter feito terapia de reposição hormonal (estrogênio-progesterona), principalmente por mais de cinco anos

Hereditários/GenéticosHistórico familiar de câncer de ovário; de câncer de mama em mulheres, principalmente antes dos 50 anos; e caso de câncer de mama em homem
Alteração genética, especialmente nos genes BRCA1 e BRCA2.

A mulher que possui esses fatores genéticos tem risco elevado para câncer de mama.

Fonte Gov.br

quinta-feira, 17 de outubro de 2024

18 de Outubro dia do Médico

No dia 18 de outubro é comemorado o Dia do Médico, um profissional responsável pela saúde da população.


O Dia do Médico, um profissional responsável por cuidar e promover a saúde de toda a população. Essa data foi escolhida em referência ao Dia de São Lucas, o santo padroeiro da Medicina.

O médico é o profissional responsável por descobrir as enfermidades que atingem determinado paciente, fornecendo suporte e indicações adequadas para que haja a cura. É ele também o responsável por indicar formas de prevenir doenças e orientar o indivíduo para que esse possa ter uma vida mais saudável.

A medicina, sem dúvidas, é uma das áreas do conhecimento que exigem maior comprometimento e responsabilidade por parte do profissional. Para ser um bom médico, é fundamental um investimento constante em aperfeiçoamento, ficando sempre informado a respeito das novas descobertas científicas, conhecendo novos tratamentos e exames, além de estar atento às novas doenças que surgem a todo tempo."

Fonte Brasil Escola

quarta-feira, 16 de outubro de 2024

O significado do Dia Mundial da Alimentação

Hoje, 16 de outubro, comemora-se o Dia Mundial da Alimentação. Qual o significado deste dia?



No Dia das Mulheres, pedimos por direitos, igualdade e fim da violência. No Dia dos Povos Indígenas, reivindicamos terra, território e o direito de ser o que se é. No Dia da Igualdade Racial luta-se por igualdade e justiça contra qualquer forma de discriminação e intolerância étnica-racial. No Dia Mundial da Alimentação continuamos a alertar para que a fome não seja naturalizada e que seja globalmente erradicada a partir de esforços coletivos – dos governos e da sociedade civil – para que todas as pessoas, sem exceção, tenham acesso à comida de verdade.

Já não basta repetir que produzimos alimentos suficientes para toda a população mundial. Já não nos serve a distribuição de calorias per capita para afirmar a viabilidade de garantir segurança alimentar e nutricional para todas e todos. Por isso, reforçamos a urgência da mudança de paradigma dos sistemas alimentares para que produzam alimento saudável, acessado e consumido de maneira sustentável e que permita a vida hoje e no futuro e a sobrevivência do planeta. Precisamos de produção de alimentos que não esgote e contamine a natureza. Que as pessoas que produzem os alimentos não adoeçam e possam viver com dignidade. Que o direito à terra e território, a proteção dos nossos biomas e da biodiversidade não sejam sentenças de morte.

Neste Dia Mundial da Alimentação continuamos enfrentando o desafio de ser fácil e barato comprar alimento fresco e saudável em todas as comunidades. Que sejam respeitadas e protegidas todas as manifestações dos diferentes modos de preparar, consumir e celebrar os alimentos pois são tradução das histórias dos tempos, dos lugares e das pessoas.

Alimentar-se é requisito essencial da vida. Negar a fome, lucrar com produtos que adoecem os corpos e o planeta, festejar recordes de safras que deixam rastro de pobreza e devastação é indigno.

A alimentação é um direito e a história da humanidade é contada pelas lutas para garantir este direito, pelo grito calado de quem sofre e o olhar desviado de quem ignora.

Hoje é o dia de reconhecer que todos os compromissos globais de combate à fome têm, ao longo dos anos, fracassado. É necessário o reconhecimento que a fome é o resultado mais cruel das desigualdades e, portanto, enfrentá-la requer o compromisso profundo e duradouro dos governos e do sistema de governança global para enfrentar os interesses não declarados para a sua manutenção.

Há de se resgatar as obrigações dos Estados, promover a paz e articular os recursos necessários para erradicar a fome e garantir alimentação saudável.

No Brasil temos um processo a ser fortalecido para a implementação do Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional que tem a desafiadora missão de articular setores de governo em diálogo legítimo com a sociedade civil representada nos Conselhos de Segurança Alimentar e Nutricional.

Apenas um processo coletivo, solidário e humanizador que fortaleça as vivências, vozes e saberes, que se inspire e ancore em experiências populares de transformação da realidade fará que o Dia Mundial da Alimentação possa ser de fato comemorado algum dia.

*Elisabetta Recine é docente da Universidade de Brasília e presidente do Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (CONSEA), conselho de participação social que assessora o Presidente da República.

Fonte Gov

terça-feira, 15 de outubro de 2024

Paradeiro de Custodiados: mais agilidade na localização de pessoas presas

Novo processo é feito de maneira segura e rápida, trazendo resultado direto na tela do solicitante

Clique para acessar


Está disponível no site da SAP um novo serviço. Agora, é possível localizar uma pessoa que está custodiada em uma unidade prisional da SAP de maneira rápida, em poucos cliques. Trata-se do sistema Paradeiro, disponível em: https://portal.sap.sp.gov.br/formularios/paradeiro.

Na página principal do portal da Secretaria da Administração Penitenciária, um botão lateral permitirá acesso direto a esse novo serviço, facilitando ainda mais a navegação. Também será possível o acesso nas áreas de Visitantes e de advogados do site da SAP.

Com ele, qualquer pessoa poderá fazer a pesquisa por uma das categorias: matrícula, CPF, RG ou nome + nome da mãe + data de nascimento. Após fornecer os dados, o sistema informa se a pessoa procurada está presa e onde está. O resultado é imediato, trazendo mais agilidade na prestação de serviço ao cidadão.

Por questão de segurança, é necessário que a pessoa que fizer a solicitação tenha uma conta gov.br. A conta gov.br é uma identificação digital gratuita que permite aos cidadãos brasileiros acessar serviços públicos digitais com segurança. Só será permitida uma consulta por vez. Após a finalização da consulta, será necessário realizar um novo login para acessar novas informações.

Fonte: SAP

terça-feira, 8 de outubro de 2024

“Nossas mentes, nossos direitos”: 10/10 – Dia Mundial da Saúde Mental

 

O Dia Mundial da Saúde Mental foi instituído em 10 de outubro de 1992 pela World Federation of Mental Health. Desde então, tem sido observado todos os anos com o objetivo de sensibilizar a comunidade global sobre agendas críticas de saúde mental através da colaboração com vários parceiros para tomar medidas e criar mudanças duradouras. Ao longo dos anos, este dia ganhou impulso, tornando-se uma plataforma
para governos, organizações e indivíduos desenvolverem iniciativas que se concentrem em vários aspectos dos cuidados de saúde mental.

Todas as pessoas, quem quer que sejam e onde quer que estejam, têm direito ao mais alto padrão possível de saúde mental. Isto inclui o direito de ser protegido contra riscos de saúde mental, o direito a cuidados disponíveis, acessíveis, aceitáveis ​​e de boa qualidade, e o direito à liberdade, independência e inclusão na comunidade.

Uma em cada oito pessoas em nível mundial vive com problemas de saúde mental, o que pode afetar a sua saúde física, o seu bem-estar, a forma como se relaciona com os outros e os seus meios de subsistência. Atualmente, um número crescente de adolescentes e jovens faz parte desse grupo.

Ter um problema de saúde mental nunca deve ser motivo para privar uma pessoa dos seus direitos humanos ou para excluí-la das decisões sobre a sua própria saúde. No entanto, em todo o mundo, essas pessoas continuam a sofrer uma vasta gama de violações dos direitos humanos. Muitos são excluídos da vida comunitária e discriminados, enquanto muitos outros não têm acesso aos cuidados de que necessitam ou só podem aceder a cuidados que violem os seus direitos humanos.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) enfatiza que continua a trabalhar com os seus parceiros para garantir que a saúde mental seja valorizada, promovida e protegida, e que sejam tomadas medidas urgentes para que todos possam exercer os seus direitos humanos e aceder aos cuidados de saúde mental de qualidade de que necessitam.

 

No Brasil, a Política Nacional de Saúde Mental é uma ação do Governo Federal, coordenada pelo Ministério da Saúde, que compreende as estratégias e diretrizes adotadas pelo país para organizar a assistência às pessoas com necessidades de tratamento e cuidados específicos em saúde mental. Abrange a atenção a pessoas com necessidades relacionadas a transtornos mentais como depressão, ansiedade, esquizofrenia, transtorno afetivo bipolar, transtorno obsessivo-compulsivo etc., e pessoas com quadro de uso nocivo e dependência de substâncias psicoativas, como álcool, cocaína, crack e outras drogas.

O acolhimento dessas pessoas e seus familiares é uma estratégia de atenção fundamental para a identificação das necessidades assistenciais, alívio do sofrimento e planejamento de intervenções medicamentosas e terapêuticas, se e quando necessárias, conforme cada caso. Os indivíduos em situações de crise podem ser atendidos em qualquer serviço da Rede de Atenção Psicossocial, formada por várias unidades com finalidades distintas, de forma integral e gratuita, pela rede pública de saúde.

A Rede de Atenção Psicossocial corresponde a um conjunto articulado de diferentes pontos de atenção à saúde, instituída para acolher pessoas com sofrimento ou transtorno mental e com necessidades decorrentes do uso de crack, álcool e outras drogas, no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). A assistência em saúde mental no Brasil envolve o Governo Federal, Estados e Municípios. São cerca de vinte diferentes modalidades de serviços que garantem ofertas diferentes para as diferentes demandas de cuidados.

Os principais atendimentos em saúde mental são realizados nos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) que existem no país, onde o usuário recebe atendimento próximo da família com assistência multiprofissional e cuidado terapêutico conforme o quadro de saúde de cada paciente. Em algumas modalidades desses serviços também há possibilidade de acolhimento noturno e/ou cuidado contínuo em situações de maior complexidade.

A atenção básica é componente importantíssimo da Rede de Atenção Psicossocial. Esse nível de atenção em saúde tem como princípio possibilitar o primeiro acesso das pessoas ao sistema de Saúde, inclusive para quem demanda cuidado em saúde mental. Todos os pontos de atenção da Atenção Básica compõem a RAPS.

 

Fontes:

Ministério da Saúde
Organização Mundial da Saúde (OMS)
Reforma Psiquiátrica e Política de Saúde Mental no Brasil

quarta-feira, 2 de outubro de 2024

03 de outubro Dia Mundial do Dentista

Conheça a importância do dentista para saúde bucal; atendimento começa na atenção primária
Uma boa higiene bucal diminui o risco de desenvolvimento de problemas de saúde na boca


O Dia Mundial do Dentista!

Por esse motivo, o Ministério da Saúde traz informações para reforçar a importância do dentista para além da saúde bucal da população. Pelo Sistema Único de Saúde (SUS), o atendimento bucal começa na Atenção Primária e é realizado pelas equipes de Saúde Bucal, que integram as equipes da estratégia Saúde da Família, em uma das mais de 41 mil Unidades Básicas de Saúde.

A equipe de Saúde Bucal é responsável pelo cuidado contínuo e atua na Atenção Primária à Saúde. Esses profissionais são responsáveis por realizar ações de promoção, prevenção, diagnóstico, tratamento, reabilitação e manutenção da saúde, buscando resolver pelo menos 80% das demandas apresentadas pelos cidadãos. Atualmente, existem cerca de 28 mil Equipes de Saúde Bucal na Estratégia Saúde da Família, presentes em 5.226 municípios brasileiros.

O primeiro passo a ser dado por quem precisa de cuidado em saúde bucal é buscar uma Unidade de Saúde. O Ministério da Saúde disponibiliza a plataforma Conecte-SUS, que pode ser acessada por dispositivos móveis ou pelo computador. Essa plataforma está disponível para toda a população ter fácil acesso a qual Unidade de Saúde mais próxima de sua localização oferta atendimento odontológico, mostrando, inclusive, quais procedimentos são realizados neste local.

O SUS conta ainda com 198 Unidades Odontológicas Móveis, que são veículos devidamente adaptados e equipados para o desenvolvimento de ações de atenção à saúde bucal que permitem ampliar o acesso aos tratamentos odontológicos a populações específicas e vulneráveis. Isso quer dizer que 94% dos municípios brasileiros apresentam oferta de serviços odontológicos à população de forma mais próxima de sua residência e/ou local de trabalho, favorecendo o seu potencial de resolutividade e acompanhamento da saúde das pessoas.

Além do que pode ser resolvido na Atenção Primária, existem situações de saúde bucal em que o paciente precisa ser encaminhado à atenção especializada, como os Centros de Especialidades Odontológicas (CEO). Essas unidades ofertam as principais especialidades necessárias à integralidade do cuidado em saúde bucal, como serviços de diagnóstico bucal, com ênfase no diagnóstico e detecção do câncer de boca e outras lesões; periodontia especializada; cirurgia oral menor dos tecidos moles e duros; endodontia e atendimento a portadores de necessidades especiais.

Atualmente, existem 1.184 Centros de Especialidades Odontológicas em todo o país, que realizaram até julho de 2021 o total de 3.272.564 procedimentos. Além disso, os Centros de Especialidades Odontológicas que são aderidos à Rede de Cuidados à Pessoa com Deficiência e que recebem um custeio mensal adicional, registraram este ano, entre janeiro e julho, 336.244 procedimentos. Há ainda o Programa Brasil Sorridente, que oferta o serviço de reabilitação oral de prótese por meio dos 3.244 Laboratórios Regionais de Prótese Dentária financiados pelo Ministério da Saúde de norte a sul. Até julho de 2021, foram confeccionadas e entregues 291.784 próteses dentárias à população de todo o Brasil.

O Brasil Sorridente tem interface com diversas ações e programas do Ministério da Saúde, como o Brasil Sorridente Indígena, Programa Saúde na Escola, Rede de Cuidado às Pessoas com Deficiência, Convenção de Minamata e Fluoretação das Águas de Abastecimento Público, entre outras. O programa coopera ainda com ações para a qualificação profissional e científica dos profissionais e para a educação em saúde da população

A rede pública de saúde está preparada para oferecer tratamento integral e gratuito para prevenir e promover a saúde bucal da população. Além de melhorar a qualidade de vida, prevenir e controlar diversas doenças e problemas bucais, como cáries, mau hálito e até perda dos dentes, uma boa saúde bucal, com devido acompanhamento profissional, também diminui o risco do desenvolvimento de problemas de saúde sistêmicos, podendo inclusive evitar infecções generalizadas originadas de problemas bucais.

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Principais problemas bucais


Os principais problemas que acometem a saúde bucal no Brasil e que têm sido objeto de estudos em virtude dos impactos que podem causar na vida das pessoas são:Cárie: É uma das doenças bucais mais comuns no mundo. Caracteriza-se pela destruição das estruturas calcificadas dos dentes (esmalte, dentina e cemento). A cárie é silenciosa e causa destruição progressiva dos dentes. É provocada pelos ácidos produzidos pelas bactérias da placa bacteriana quando ingerimos açúcar com frequência. A cárie pode causar dor e desconforto.
Placa bacteriana: Também denominada de biofilme dental pelos profissionais de odontologia, a placa bacteriana é uma película viscosa e incolor formada por bactérias e restos alimentares acumulados na superfície dos dentes e na gengiva. Ela se desenvolve mais rápido com a ingestão frequente de açúcares. Se não for removida, pode causar cáries, cálculo dentário, doenças da gengiva e mau hálito.

Gengivite: Causada pelo acúmulo de placa bacteriana. A doença começa com a inflamação da gengiva. Inicialmente, nota-se que a gengiva sangra e a pessoa sente gosto de sangue. Quando isso ocorre, não se deve parar de escovar os dentes nas partes próximas da gengiva, pois a situação piora quando se faz isso. O que se deve fazer é melhorar a escovação dos dentes e o uso do fio dental. Lembre-se: gengiva sadia não sangra!
Doença Periodontal: Com o passar do tempo, a gengivite pode avançar para a parte interna, atingindo o osso ao qual o dente está ligado. Nesta etapa, ocorre perda de osso e de outras estruturas que fazem o suporte dos dentes, produzindo sangramento, pus, sensibilidade, retração da gengiva, mobilidade dos dentes, o que pode levar à perda dentária. A principal causa de perda dentária entre adultos e idosos ocorre em decorrência de doenças da gengiva.

Traumatismo dentário: Ocasionado principalmente por forte impacto na superfície dos dentes, como por exemplo no caso de quedas, e pode acarretar desde pequenas fraturas até a avulsão do dente, ou seja, a completa saída do dente dos tecidos de suporte. O uso de equipamentos de proteção na prática de esportes ou outras atividades que podem gerar risco de impactos na região da boca é uma forma de evitar o trauma dental.

Má oclusão: Posicionamento irregular de dentes e/ou da maxila e mandíbula, acarretando desde problemas estéticos até problemas funcionais e de fala.

Lesões bucais: São lesões na forma de bolhas, manchas, nódulos, úlceras, sendo que as causas podem envolver múltiplos fatores. Em casos em que há alguma alteração na mucosa por mais de 15 dias de forma indolor, procure imediatamente o cirurgião-dentista, essa lesão pode ser indício de câncer de boca, principalmente naquelas pessoas que fumam e bebem bebidas alcoólicas.

Mau hálito: tem várias causas, como falta de escovação adequada e falta do uso do fio dental, problemas gástricos e outros problemas sistêmicos, é importante procurar um profissional para investigar a causa e tratá-la. Portanto, fique alerta! Ao sinal de qualquer um desses problemas é importante procurar o atendimento odontológico. O SUS está preparado com profissionais dentistas para cuidar da sua saúde geral e bucal.

SB Brasil


Para conhecer mais sobre a condição de saúde bucal da população, o Ministério da Saúde em conjunto com a Universidade Federal de Minas Gerais, está desenvolvendo a pesquisa SB Brasil. Esta é uma pesquisa domiciliar, ou seja, dentistas e técnicos ou auxiliares de saúde bucal de 422 cidades brasileiras irão à casa de mais 50 mil pessoas, a partir de novembro de 2021 até março de 2022, para avaliar como está a saúde bucal desta população, seguindo todos os protocolos orientados pela ANVISA para garantir a biossegurança de todos durante o contexto da Covid-19.

Assim, o Ministério da Saúde aproveita a data para agradecer aos 848 dentistas que irão se dedicar na busca de dados para fortalecer a saúde bucal no Brasil, são dados que poderão trazer informações de como está o acesso aos serviços e qual é a situação da Rede de Atenção em relação aos principais agravos de saúde bucal na população brasileira.

Se você tem 5, 12, 15 a 19 anos, 35 a 44 anos ou 65 a 74 anos e reside em um dos locais onde a pesquisa vai ocorrer, participe! Esse dado fortalece o SUS!

Acesse aqui - https://aps.saude.gov.br/public/img/portaldab/geral/sb2020/


terça-feira, 1 de outubro de 2024

Outubro Rosa

Outubro Rosa


A campanha do Outubro Rosa 2024 tem como objetivo motivar e instrumentalizar a população e os profissionais de saúde para as ações de controle e o cuidado integral relativos aos câncer de mama e do colo do útero, com foco na prevenção e na detecção precoce.


O Outubro Rosa é um momento de mobilização social para reforçar mensagens sobre prevenção e detecção precoce do câncer de mama. Essa campanha vem sendo considerada uma oportunidade para ampliar a abordagem da saúde da mulher e a prevenção do câncer, de forma mais ampla, incluindo também o câncer do colo do útero.

Câncer de mama


O câncer de mama é o tipo de câncer que mais acomete as mulheres no Brasil. A prevenção primária e a detecção precoce contribuem para a redução da incidência e da mortalidade por essa neoplasia. A população deve ser informada quanto ao tema para que possa adotar medidas que protejam a sua saúde.

A prevenção primária do câncer de mama consiste em reduzir os fatores de risco modificáveis e promover os fatores de proteção para a doença. A prática de atividade física, a manutenção do peso corporal adequado, por meio de uma alimentação saudável, e evitar o consumo de bebidas alcóolicas estão associadas à redução do risco de desenvolver câncer de mama. A amamentação também é considerada um fator protetor.

O diagnóstico precoce consiste na abordagem oportuna das mulheres com sinais e sintomas suspeitos de câncer para identificação da doença em fase inicial, a fim de possibilitar tratamento efetivo e maior sobrevida. É importante informar as mulheres e os profissionais de saúde sobre o reconhecimento dos sinais e sintomas do câncer de mama, bem como organizar a rede de atenção à saúde para garantir o acesso rápido e facilitado ao diagnóstico e tratamento da doença. A orientação é que a mulher observe e apalpe suas mamas sempre que se sentir confortável para tal (seja no banho, no momento da troca de roupa ou em outra situação do cotidiano), sem técnica específica, valorizando-se a descoberta casual de pequenas alterações mamárias.

A segunda estratégia de detecção precoce do câncer de mama é o rastreamento mamográfico. Além de estar atenta ao próprio corpo, é recomendado que mulheres de 50 a 69 anos, de risco padrão, façam uma mamografia de rastreamento a cada dois anos. Esse exame pode ajudar a identificar o câncer antes de a pessoa ter sintomas. A mamografia nesta faixa etária, com periodicidade bienal, é a rotina adotada na maioria dos países que implantaram o rastreamento organizado do câncer de mama e baseia-se na evidência científica do benefício desta estratégia na redução da mortalidade neste grupo.

Para mulheres com risco elevado de câncer de mama, recomenda-se que tenham acompanhamento médico individualizado, pois não há ainda uma recomendação específica para esse grupo.

É importante que as mulheres estejam sempre atentas aos sinais e sintomas suspeitos do câncer de mama:caroço (nódulo), geralmente endurecido, fixo e indolor;
pele da mama avermelhada ou parecida com casca de laranja, alterações no bico do peito (mamilo) e saída espontânea de líquido de um dos mamilos.
Também podem aparecer pequenos nódulos no pescoço ou na região embaixo dos braços (axilas).

Câncer do colo do útero


O câncer do colo do útero é a terceira neoplasia mais frequente em mulheres no Brasil, com grandes desigualdades regionais e maior incidência e mortalidade nas Regiões menos desenvolvidas do País, em especial a Região Norte. Está em curso uma chamada global para a eliminação da doença por ser praticamente 100% prevenível por vacina e rastreamento.

O câncer do colo do útero está associado à infecção persistente por subtipos oncogênicos do vírus HPV (Papilomavírus Humano), especialmente o HPV-16 e o HPV-18, responsáveis por cerca de 70% dos cânceres cervicais. A infecção pelo HPV é muito comum. Estima-se que cerca de 80% das mulheres sexualmente ativas irão adquiri-la ao longo de suas vidas. A maior parte dos casos regride espontaneamente. Quando isso não ocorre, pode ocorrer o desenvolvimento de lesões precursoras que, se identificadas e tratadas adequadamente, possibilita prevenir a progressão para câncer.

A principal forma de prevenção é a vacinação contra o HPV, que protege contra os subtipos oncogênicos 6, 11, 16 e 18. Os dois primeiros causam verrugas genitais e os dois últimos são responsáveis por cerca de 70% dos casos de câncer do colo do útero.

A recomendação atual é de dose única para meninas e meninos com idade entre 9 e 14 anos, pois esta vacina é mais eficaz se usada antes do início da vida sexual.

A vacina também está disponível no SUS para pessoas de 9 a 45 anos vivendo com HIV/Aids, transplantados e pacientes oncológicos, que apresentam maior risco de desenvolver câncer e complicações relacionadas ao HPV. Também estão incluídas as pessoas, nessa faixa etária ampliada, que foram vítimas de violência sexual, devido ao risco aumentado de desfechos negativos relacionados ao HPV, e também as portadoras de papilomatose respiratória recorrente (PPR).

A detecção precoce do câncer do colo do útero é feita atualmente pelo exame citopatológico do colo do útero, na faixa etária de 25 a 64 anos, a cada três anos.


Saiba mais.

Entendendo termos prisionais

 De repente preso!     Aqui por ser uma unidade mista, onde possui diversos tipos de condenações, assim como pessoas que não foram condenada...